quarta-feira, 1 de junho de 2011

LSD




LSD é o acrônimo de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas.
O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides produzidos por esta cravagem. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann acidentalmente descobriu os seus efeitos, de que se tornou entusiasta até sua morte aos 102 anos. Causa alterações sensorias de variação inesgotável e imprevisível, um dado facilmente verificável em relatos da literatura médica de sua fase de testes iniciais adiante. Hoffman, também responsável por isolar diversos outros princípios ativos de medicamentos até hoje amplamente utilizados, sempre condenou o uso irresponsável e/ou ignorante dessa substância por indivíduos despreparados, que erroneamente crêem tratar-se de uma droga meramente prazerosa ou recreativa. Em seu livro LSD, My Problem Child, o químico explorou importantes questões sociais que levaram a droga à completa ilegalidade na maioria dos países, inclusive para pesquisas científicas e clínicas, conjecturando que talvez essa vetação não ocorresse tão bruscamente, caso pessoas predispostas a desordens psiquiátricas, entre as demais em que a droga pudesse desencadear efeitos adversos, não fossem facilmente expostas ao composto. Timothy Leary foi o grande disseminador do uso irrestrito e consequentemente descomedido da droga, por muitos também considerado o grande responsável pelo banimento da mesma.
A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea). Extremamente diluída, apresenta-se comumente em barras, cápsulas, tiras de gelatina, líquidos, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. Visto ser baixíssima a dose ativa, em microgramas, ou seja, frações milésimas de um miligrama, sua toxidade é irrisória; nem um potente veneno faz mal ao corpo nessa concentração microscópica - álcool e tabaco são, literalmente, milhares de vezes mais nocivos ao corpo em geral e ao cérebro em particular. Em contrapartida, os efeitos psicológicos durante e após o uso do LSD podem ser devastadores (pânico, desencadeamento de psicose, estresse pós traumatico, síndrome serotoninérgica entre outros). É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada. A substância age sobre os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Ademais, inibe a atividade dos neurônios do rafe (importantes em nível visual e sensorial), no entanto há hiperatividade e alteração de todos os sentidos. Hoje é menos utilizada clinicamente, posto haver dificuldade em conseguir permissão dos governos, mas já foi extensivamente usada e pesquisada em décadas passadas. Hoje há pesquisas quanto a sua administração em pacientes terminais de câncer em alguns países desenvolvidos - acredita-se que a substância pode ajudá-los a lidar com a idéia do óbito e também funcionar como potente analgésico. Aldous Huxley fez uso de LSD pouco antes de morrer, possuía câncer na língua.
A droga foi muito visada em pesquisas; psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o subconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo. Stanislav Grof, psiquiatra tcheco, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.
Atribui-se imenso auxílio na descoberta da estrutura do DNA, que rendeu o prêmio nobel a Francis Crick, à mente brilhante do cientista sob o LSD. Similarmente ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por Friedrich August Kekule von Stradonitz, Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez, em meados do séculos XX, sob a influência essencialmente onírica do LSD, como consta em sua autobiografia. Outra mente inventiva famosa que considera a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida é Steve Jobs, CEO e um dos fundadores da Apple Inc.
A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, que abrange imenso número de artistas; estão entre nomes famosos Jim Morrison, Emerson Lake and Palmer,Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull, David Bowie, Tom Zé, Beatles (em sua dita fase psicodélica) etc. Seu uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, Aldous Huxley, este situado na produção cultural erudita, autor das famosas obras "As Portas da Percepção", "Admirável Mundo Novo" e "A Ilha". Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao vulgo "guru do LSD" Thimothy Leary (apresentou-o à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman). Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.

Ecstasy



metilenodioximetanfetamina (MDMA), XTCADAMMDMpílula do amor mais conhecida por ecstasy, é uma droga moderna sintetizada (feita em laboratório), neurotóxica, cujo efeito na fisiologia humana é a diminuição da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro, onde estas substâncias ficarão em maior contato entre as sinapses, causando euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e grande perda de líquidos, pertencente a família das anfetaminas. As alterações ao nível dotacto promovem o contacto físico, embora não tenha propriedades afrodisíacas, como se pensa, apenas aumenta o desejo incapacitando as condições fisiológicas para o ato sexual do indivíduo. O ecstasy ganhou notoriedade e perfusão com o desenvolvimento da moda tecno e das festas rave.
É vendido sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. A dose de cada comprimido consumida é variável, podendo chegar de poucas miligramas a mais de 200 mg, muitas vezes misturadas a cafeína, amido, detergentes e outras drogas.

História

O registro da patente do MDMA foi pedido em 24 de Dezembro de 1912 pela empresa farmacêutica Merck, após ter sido sintetizada para a empresa, pelo químico alemão Anton Köllisch em Darmstadt nesse mesmo ano.  Foi desenvolvido inicialmente para militares, pois combatia o sono e a fome. A patente foi aceita em 1914, e quando Anton Köllisch morreu em 1916, este ainda não sabia do impacto que o MDMA teria.
Em 1960, foi redescoberto, sendo indicado como elevador do estado de ânimo, desejos sexuais e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em1970 nos EUA. Em 1977, foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. O uso do ecstasy é mais frequente em festas rave, boates, e casas noturnas. Normalmente é produzido em países Europeus em laboratórios especializados.


Experiência

Os comprimidos geralmente rosas e batizados mediante o desenho impresso, o que permite distingui-los entre si.
Dependendo da quantidade ingerida, o MDMA demora tipicamente 30 minutos a surtir efeito. Ao contrário de outros psicoactivos, o efeito do MDMA é muito rápido: muitas vezes quando o consumidor percebe que os efeitos estão a surgir, já se encontram muito próximos ao "pico". A quantidade de MDMA em cada comprimido varia, em média, entre 30 e 100 miligramas, dependendo da pureza da sua composição e da tolerância do consumidor.
A duração do efeito é de cerca de 4 a 8 horas, quando ingerido oralmente. Existe, porém, um período de tempo acrescido associado ao declínio dos efeitos primários em que o consumidor tem a percepção da persistência dos efeitos, embora não possam ser considerados a verdadeira experiência, isto é, os efeitos primários. Neste período, ocorrem freqüentemente insônias (devido ao estado de agitação), coceiras, reações musculares como espasmos involuntários, espasmos do maxilar, dor de cabeça,visão turva, movimentos descontrolados de vários membros, principalmente braços e pernas quando ingerido em doses grandes.
Durante o período de intensidade do ecstasy podem surgir circunstâncias perigosas: náuseas, desidratação, hipertermia, hiponatrémia,hipertensão. Estes sintomas são frequentemente ignorados pelo consumidor devido ao estado de despreocupação e bem-estar provocados pela droga, o que pode ocasionar exaustão, convulsões e mesmo a morte. Assim, tornou-se frequente ver os consumidores em todos os tipos de festas e comemorações dotados de garrafas de água ou bebidas energéticas. Quando ingerido com bebidas alcoólicas, pode ocasionar choque cardiorrespiratório, levando ao óbito. Em termos de efeitos secundários, alguns indivíduos registram períodos depressivos; outros, podem detectar a ocorrência de erupções cutâneas (espinhas) no rosto nos dias subsequentes ao uso.
Também pode acarretar perda de memória total para usuários muito freqüentes a longo prazo, perda de eficácia do cérebro e uma maior necessidade de energia desse órgão; Imediatamente à cessação dos efeitos primários, prevalece também a falta de apetite o que deve ser activamente combatido para repor a energia gasta durante o uso.
O relato de um usuário acerca dos efeitos da droga descreve inicialmente uma sensação de tontura semelhante a de embriaguez. Essa sensação é a primeira manifestação da droga. Em seguida, perde-se a sensação de peso do corpo e sente-se como se estivesse flutuando. A partir daí, todos ao seu redor parecem amigos e sente-se uma forte atração física por todos. Cerca de vinte minutos após a manifestação inicial, começam formigamentos que, segundo relatos, se assemelham a repetitivos espasmos por todo o corpo. Os efeitos da droga ficam oscilando entre momentos com fortes efeitos e momentos em que os efeitos passam. Dependendo da quantidade que foi ingerida, quando os efeitos passarem, o indivíduo vai se sentir desanimado, querendo "voltar para casa". Por agir nosistema nervoso central, mais especificamente no sistema serotonérgico, o humor pode tornar-se instável após o consumo da substância

Haxixe



Haxixe (do árabe حشيش, hashish ou haxix - erva seca[1]) é o exsudato resinoso seco, extraído do tricoma, das flores e das inflorescências da Cannabis sativa ou Cannabis indica (planta popularmente conhecida como maconha ou marijuana), utilizado como entorpecente, onde pode ser fumado ou ingerido[2][3]
Este termo antigamente era utilizado como equivalente para Cannabis no Mediterrâneo oriental.[4] O haxixe encontra-se difundido principalmente no oriente e norte da África, onde o consumo por parte dos árabes remonta a tempos antigos.

Preparação


A preparação do haxixe consiste na maceração das inflorescências.[5] Outro meio de preparação é a reunir os cachos de flores e sacudi-los contra um pano estendido em um recipiente.[6] A resina acumulada durante a maceração é depois prensada e passa a ter a forma de bolas ou tabletes endurecidas de cor castanha, dourada, preta, vermelha ou verde-escura. O haxixe pode ou não ser misturado com o tabaco e fumados na forma de "charros", cachimbos, etc. Geralmente tem maior concentração de THC do que no formato natural[7], as flores, portanto os seus efeitos sobre o organismo humano são mais fortes.
Ao contrário do que muitos pensam o processo de fabricação do haxixe é simples, totalmente artesanal e dispensa o uso de qualquer componente químico.

Efeitos

No curto prazo pode provocar:
1) Sintomas físicos
  • Vermelhidão nos olhos[8]
  • Aumento da pressão arterial sistólica na posição deitado e redução na posição em pé e frequencia dos batimentos cardíacos elevada[8]
  • Fotofobia[8]
  • Dilatação dos brônquios[8]
  • Tosse[8]
  • Boca seca[9]
  • Sorrisos involuntários[9]
2) Sintomas psíquicos
  • Diminuição de reflexos e capacidade de guiar máquinas[8]
  • Sonolência[8]
  • Euforia[8]
  • Alteração da memória imediata[10]
  • Ação antiemética[10]
  • Sensibilidade aumentada para estímulos externos
  • Ideias paranoides e pensamentos fragmentados
No longo prazo pode provocar:
1) Sintomas físicos
  • Asma e bronquite[8]
  • Alteração na resposta imune[8]
  • Câncer de pulmão[8]
2) Sintomas psíquicos
  • Isolamento[8]
  • Distração[8].


Religião

Na religião hindu o haxixe é considerado um presente dos deuses. De facto, diz-se que a planta teve origem quando Shiva (uma das personalidades de Deus na tríade dessa religião), chegando a um banquete preparado por sua esposa Parvati, baba ao ver tantas delícias e de sua saliva surge a planta abençoada.
Os Shaivas, devotos de Shiva, fumam continuamente a ganja (a planta feminina) com o charas para meditarem e se elevarem espiritualmente. Eles consideram que o chilum (o cachimbo onde a planta é fumada) é o corpo de Shiva, o charas é a mente de Shiva, a fumaça resultante da combustão da planta é a divina influência do deus e o efeito desta, sua misericórdia.

Drogas Naturais



Uma droga é considerada natural quando ela pode ser extraída, através de vários processos, de uma determinada planta. A afirmação (corriqueira) onde "uma droga natural não contém produtos químicos", é falsa, pois qualquer droga (tanto droga natural, como droga semi-sintética ou droga sintética) é definida por uma estrutura química específica (pelo que se concluí que todas as drogas contêm produtos químicos). A diferença surge, portanto, na obtenção da determinada droga (por extracção de plantas, ou por síntese laboratorial).

Drogas semi-sintéticas



Drogas semi-sintéticas são produzidas a partir de drogas naturais com alterações químicas feitas artificialmente em laboratório.Como o crack,cocaína,cristais de haxixe,etc.

Droga Sintética



Drogas sintéticas são substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente psicoativas produzidas através de meios químicos cujos principais componentes ativos não são encontrados na natureza.
A maioria das drogas sintéticas apresenta efeitos alucinógenos, podendo serem estimulantes ou depressores do sistema nervoso central (SNC).
As principais drogas sintéticas são:
  • Anfetamina: (“Bolinha” ou “arrebite”). Droga produzida desde1927 como vasoconstrictor, com ação semelhante à cocaína. Muitas drogas sintéticas são derivadas de anfetaminas.
  • LSD 25 (Dietilamida de ácido lisérgico). Sintetizado em 1938, e usado como alucinógeno a partir da década de 1950.
  • Quetamina (Special-K): Anestésico de uso veterinário e humano na forma líquida ou cristal branco que é aspirado. Foi produzido nos anos a partir da década de 1960.
  • GHB (ácido gama-hidroxibutírico): É usado na forma de sal ou diluído em água ( conhecido como “ecstasy líquido” ). Inicialmente foi produzido como anestésico, e a partir da década de 1960 como droga alucinógena.
  • GLB ( Gama-butirolactona ). Derivado do GHB, utilizado com a mesma finalidade.
  • PCP ( Cloridrato de eniciclidina ). Pó branco cristalino solúvel em água que surgiu nos anos 70. É inalado, ingerido ou injetado
  • Cetamina. Droga anestésica derivada do PCP para uso veterinário e humano produzida em 1965, utilizado logo como alucinógeno.
  • DOB ( 2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina ). Conhecida desde 1967. É um derivado da anfetamina, podendo ser usado como base para a produção do ecstasy.
  • PMA ( Para-metoxianfetamina ) . Afetamina modificada.
  • PMMA ( Para-metoximetilanfetamina ). Anfetamina modificada produzida com o nome de “mitsubishi”
  • 2-CB ( 4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina) . Conhecida como “nexus” tem efeito psicodélico semelhante ao LSD.
  • 2-CT-7 ( 2,5-dimetoxi-4(n)-propiltiofenetilamina ) com efeito psicodélico semelhante ao LSD. O D-CB e o 2-CT-7 foram produzidos na década de 70.
  • MDMA ( Ecstasy , extase ) : Um derivado de anfetamina. Comprimido ingerido por via oral.O ecstasy foi sintetizado em 1912, e o seu uso como entorpecente iniciou-se na decada de 70 nos EUA.
  • 4-MTA ( 4-metiltioanfetamina ) ( “flatliner” ) é uma anfetamina modificada produzida nos anos 70.
  • Ice. Uma anfetamina modificada. Um cristal branco semelhante ao gelo. Pode ser injetado, ingerido ou inalado. Surgiu nos anos 80.
  • Anabolizante: Versão sintética da testosterona. Comprimidos ou ampolas. Via oral ou intramuscular para aumentar a massa corporal.
  • MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina ) – Surgiu na decada de 80 provocando sintomas semelhantes ao mal de Parkinson.

Maconha


Em 1735, o botânico Carl Lineu nomeou a Maconha como Cannabis sativa. A mesma foi chamada deCannabis indica, pelo biólogo francês, Jean Baptiste Lamarck.
Assim como outras plantas, a maconha possui dois gêneros: macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas sexuais. É a flor do macho que produz o pólen que fecunda a fêmea, quando a flor da fêmea é fecundada ela se enche de sementes e depois morre.
Quando não ocorre fecundação da fêmea, essa excreta uma grande quantidade de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias diferentes. Dentre as várias substâncias, existe a THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) que serve de filtro solar para a planta, pois essa é de clima desértico. Apesar do THC estar presente em toda a planta é na flor da fêmea que se encontra a maior concentração da substância. A real droga da maconha é essa flor.
O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, até mesmo do homem, tais moléculas são conhecidas como receptores de canabinóides, quando ocorre a ligação o receptor opera sutis mudanças químicas dentro da célula, mas não se sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o pesquisador israelense Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor serve para ligar-se à outra molécula, a mesma fabricada pelo próprio cérebro, muito semelhante ao THC. A molécula foi batizada por Rauph de anandamida (ananda, em sânscrito, significa “felicidade”). Enfim, o cérebro produz uma substância com efeitos parecidos com os do THC, em doses bem menores.
Não se sabe qual a finalidade da anandamida no cérebro, mas está relacionada ao controle da dor. Pelo fato de haver receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a pensar que a anandamida desempenha um papel mais abrangente do que parece.
Além das formas de uso mais conhecidas há uma especial, a do cânhamo, que é utilizado na produção de tecidos. Supostamente foi pelo fato de Cristóvão Colombo usar tecidos derivantes do cânhamo em suas velas e cordas, assim, juntamente com as embarcações as sementes da maconha também vieram. A idéia era de plantar as sementes, pois se tivesse que ser feita alguma reparação nas velas e cordas, eles teriam o material. Enquanto a maconha era utilizada por pessoas mais pobres, ela não causava tanto medo, repúdio e preconceito. Porém, quando as pessoas de classe média começaram a fazer o uso da droga, surgiu um motivo de preocupação.
Há indícios de que há muitos anos a maconha se faz presente em quase todo o mundo, sua disseminação se deu através de viajantes, esses levavam sementes da maconha, desse modo essa se fazia presente em quase todos os continentes. Por muitos anos a maconha foi considerada legal, sua ilegalidade em vários países, incluindo o Brasil, se deu por volta do século XX. Mas ainda existem países onde a maconha é legal, em outros ela é comercializada unicamente como remédio (auxiliando pacientes no tratamento de doenças, controlando a dor).
No Brasil, a maconha se faz tão presente por existir muitas áreas sem qualquer tipo de vigilância. Com isso fica mais fácil o escoamento da droga. Durante um bom tempo a maconha era comercializada com um preço insignificante. Vários países tentaram mais nenhum conseguiu erradicar a maconha de seu território. A maconha é conhecida em muitos países como “marijuana”. Há boatos de que as tropas revolucionárias de Pancho Villa que chacoalharam as estruturas do poder em 1910, eram adeptos de um baseado no intervalo das batalhas; assim surgiram os conhecidos versos: La cucaracha/ la cucaracha/ ya no puede caminar/ Porque no tiene/ Porque le falta/ marijuana que fumar, atribuídos à Villa.
O efeito causado pela maconha em pessoas que a fuma é variado. Para evitar problemas relacionados à saúde física e mental, é recomendável que a pessoa não faça o uso de drogas (no caso em questão a cannabis), pois pode agravar os problemas relacionados à saúde.

Principais efeitos

Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do organismo do consumidor com a presença da droga.
Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).
Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.
O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.
Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.
Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.